segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Foi assim que acabou

O nosso maior receio não é que sejamos inadequados. O nosso maior receio é que sejamos inestimavelmente poderosos. É a nossa luz, não a nossa escuridão, é o que mais nos assusta. Os actos insignificantes não servem ao mundo. Não há nada esclarecido no escolher, para que os outros à nossa volta não se sintam inseguros. Todos nascemos para brilhar, como fazem as crianças. Não é só em algumas pessoas, é em toda a gente. E, enquanto deixamos a nossa luz brilhar, inconscientemente, autorizamos os outros a fazer o mesmo. Como estamos libertos do nosso próprio receio, a nossa presença liberta automaticamente os outros.

E Foi Assim que acabou:
"Jamais deixarei que me façam mal e que brinquem com os meus sentimentos, Adeus e Sê Feliz!"

Fim...

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Medo


Medo...

Era uma palavra... Apenas uma palavra e no entanto os meus lábios selaram anos de inconformismo e dor.
Como se o organismo se recusasse a ser feliz, a fazer as coisas bem...
Sabes que deixar de ser "eu", para ser nós, é um processo lento e nem sempre bem sucedido.
A mente é dona de estranhos buracos e armadilhas.
Penso que também sabes isso.
Por isso torna-se inútil dizer-te palavras que conheces e mesmo assim recusas entender.
Dói-me lembrar-te ajoelhado a meus pés a implorar perdão por um pecado que nem sabes que cometes. Dói-me porque queres apagar as minhas lágrimas com as tuas.
Era apenas uma palavra... uma palavra a negar a estranha necessidade de ser tua sem o ser.
Sabes que quis fugir? Fugir de ti, fugir do amor que te tenho e me prende as asas... Fugir de ti e consumir-me nesta infelicidade mórbida.
Ainda assim, agarraste-me com força, as lágrimas a escorrerem-te pela face, a desfazerem-te o coração.
Sabes que sou cobarde? Sim... profundamente cobarde.
Estupidamente cobarde e no entanto amas-me assim. Ou aprendeste a amar-me.
Qual das duas foi, interrogo-me... Mas por muito que o faça nunca vou descobrir.
Porque as tuas mãos se selaram em volta das minhas, os teus braços esmagaram a minha cobardia, o meu medo de amar.
Ser feliz nem sempre é fácil, sabias? Ser feliz às vezes também dói. Porque ter-te a meu lado é toda a minha felicidade, a minha única felicidade e no entanto por vezes parece-me tão distante, tão hercúleo.
Mesmo quando abafas as minhas lágrimas nas tuas.
Já te disse que ficas lindo quando choras? Na infelicidade também existe poesia. Nos teus olhos perfeitos de lágrimas também existe amor. E por isso é belo.
É nas tuas lágrimas que vejo o meu coração. Porque ele está dentro de ti. Numa profundidade que só as lágrimas alcançam.
Sim... é em ti que vivo e no entanto quis fugir de ti, trazendo a morte no regaço.
Porquê, perguntas-me tu, e deitas-te em mim, e sufocas-me de beijos e amor.
Porque amar-te é a única coisa que sei fazer. Porque me surpreendo a cada dia com este amor. Porque ele me ultrapassa e me enche de maresia.
E por isso amor, tenho medo. Medo da grandiosidade. Medo de precisar de ti mais do que precisas de mim. Medo de acordar de um sonho e morrer a recordar os teus lábios...
Medo do medo de amar.
E ainda assim, enlaças-me em ti.
Quero-te, dizes tu. E eu sei, estranhamente, que é verdade. Sei... e assim silencio o medo, apago as lágrimas e adormeço em ti.


Renato Freire, Fevereiro de 2010.



sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Relações do Passado.


Se quisermos prever o futuro basta estudar o Passado.
Não é fugindo ao Passado que vamos encarar o Presente e o Futuro.

A verdade é que o Passado não nos leva muito longe quando o descobrirmos. Mas é importante saber este, pois se quisermos continuar em frente temos de saber o que ja se passou na vida um do outro e a isso chama-se confiança de falar, expressar, emergir...
Se não houver essa confiança, não conseguiremos dar um sequer passo que seja em direcção ao futuro.

Já George Orwell dizia que:
"Quem controla o passado, controla o futuro. Quem controla o presente, controla o passado"



Renato Freire

sábado, 30 de janeiro de 2010

Hoje Fechei a porta...


Hoje fechei a porta, fechei as janelas para um mundo lá fora, apaguei as luzes e deitei-me numa escuridão mergulhada pelo silêncio… Podem pensar que sou maluco mas não, talvez por vezes precise de momentos onde o tempo pára, onde o silêncio é o meu ar e a escuridão o alimento que põe fim ao meu alento.

Durante horas o mundo ficou resumido a um pensamento, a um respirar, a um simples ser… Eu! O mundo tornou-se no meu mundo, onde as pessoas que lá estavam presentes diziam ser os meus amigos, “meus amigos?” pensei eu para mim ao ver tal situação, posso dizer que várias caras me surgiram á cabeça, lágrimas correram pela minha face, umas de tristeza outras de alegria!

Posso dizer que senti tudo o que podia sentir num espaço curto de tempo, foi naquele mundo só meu onde percebi que é no silêncio dos meus pensamentos que vejo realmente quem são os meus amigos, quem são as pessoas que estão lá para me aplaudir ou quando é necessário chamar-me á razão, os amigos com quem eu riu, choro… Sim! Os amigos! Não os ditos conhecidos, pois esses tenho para dar e vender, agora os amigos são poucos, mas mesmo assim sou feliz…

Recordei os momentos em que mais precisei realmente de amigos e de quem estava lá, digo que soube bem desfolhar, pois para compreender o presente é preciso entender o passado e foi isso q eu fiz, fiz isso no meu mundo governado pela respiração misturada com a dor, hoje digo que talvez se tivesse dito mais alguma coisa, ou feito… Simplesmente digo não deixem coisas por dizer… Será que dissemos “olá”? um simples “mudas-te a minha vida”… “não quero viver sem a tua amizade”… Fazemos planos, marcamos golos, realizamos sonhos, mas é quando o mundo se resume a um simples olhar pela escuridão governado pelo silêncio que percebemos que pode não haver amanha.

ps: Dedicado a todos os meus amigos, que ja tiveram presentes na minha vida e que hoje não estão por uma razão de ser.